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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Estaca zero"

        Estaca zero

 Trago na mente as mãos vazias
 Como se traz dum mergulho nas águas,
 Areia fina  escorrendo pelos dedos
 O sonho vazou pelo perplexo da alma
 Embora tenha sido necessário sonhar
 No obscuro do que me foi dado.

 Equivocou-se o coração mais uma vez.
 O que meias palavras não  fazem ?
 Que promessas em vão provocam?
 Fazem rombos, ferem a dignidade humana.
 Meu silêncio gritou mais alto, profundo
Calando a voz, choro engolido

Retorno a estaca zero...
Ponto de chegada
Sem data prevista de partida,
Meu rumo, destinatário,
Só o tempo escreverá.

 Dora Duarte



2 comentários:

Penélope disse...

Dora, às vezes é preciso tornar-se inteiramente vazio para acumular coisas mais belas e valiosas que as que já estavam causando um certo ranso em nós.
Tornar-se vazio para encher-se novamente de novas coisas que possam valer mais a pena.
Abraços

Anne Lieri disse...

Dora,que poesia mais comovente,amiga!Muitas vezes parece que retrocedemos,mas foi só uma pausa pra tomar fôlego e prosseguir!Linda sua poesia!Bjs,

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