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quinta-feira, 22 de outubro de 2009


A mulher de pedra


Beleza fria, tal um mármore
Sorriso gelado, amarelado
Quem foste ontem?
Quem és tu agora?
A tua cor desbotou,
A palidez aparente do medo...
Sombra louca de um passado...
O olhar perdido sem brilho
Desconheço o teu rosto sombrio
Estatueta de pedra
O mofo da frieza declarada,
Já apodrecido te engole.

Autora: Dora Duarte

Haja coração!

Haja emoção...Haja implosão!
Coração inflável num enche, esvazia,
Suporta, silencia, engole a emoção constante...
Haja coração, sem grito, sossega espera...
È o tempo dele, é férias, é balanço...

Haja coração, nunca deixe de atuar,
Tudo vai passar, agüente, é assim..
Não seja somente um músculo
Que bate descompassado
Não judie deste corpo...Tua morada.


Dora Duarte

Em um lugar qualquer...

Um dia irei te encontrar...
Em algum lugar,
Onde será, não sei,
Pode ser num” hall” de aeroporto
No meu portão...
Numa festa, ou recepção...
Num terminal rodoviário...
Numa praia...
Num espaço imaginário...
Em última alternativa,
Nos meus pensamentos.

Autora: Dora Duarte

Dez minutos...

Dez minutos bastam
Para sentir o prazer
De o teu corpo tocar,
E uma chama acender

Dez minutos apenas
Para senti o calor,
De todo o corpo aquecer
Gotículas de suor escorregar
Misturas de aromas no ar

Dez minutos apenas
Para sentir o frescor
Deixar extravasar a emoção
Cantarolar, sorrir, até gritar,
Depois relaxar, agradecer...

Dez minutos bastam...
Para não desperdiçar
A energia e a água
Duas fontes importantes
Que um dia poderá faltar.

sábado, 10 de outubro de 2009

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