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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Ai que saudade




Saudade antecipada de tudo que vai ficar pra trás
Das árvores que  eu plantei,
Da goiabeira que serviu de sombras
Que muitas vezes debaixo eu fiquei
A fazer geleia do precioso fruto dela
Num fogo de chão improvisado
A vermelha polpa   borbulha na panela
Que por fora antes  ,  fora amarela.

Da graviola com suas polpas brancas agridoce
Que foi saboreada  com tanto gosto
Que o pé arrebatado pelo o ciclone foi salvo.
Murchou, trocou de folhas, saiu os brotos
Devo esta recuperação,
Ao vizinhos amigos de coração

Saudade do Araçá que no mês de fevereiro cai fruto feito chuva
Da Nona que exibe seus frutos doces em abundância
Do cheiro da flor gardênia em novembro
Da jabuticabeira, pitanga, do meu jardim
Enfim, vou sentir falta desse meu ninho,
Das gralhas azuis, do meu caminho ao mar.
( Dora Duarte)
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