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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Adeus às Ilusões




               ( Dora Duarte)

Quero desapegar-me

Dessas ilusões virtuais...

Que meus “Diários” sejam depósitos,

Armazenando,

O que é meu, que vire museu

De recordações do que fiz e fui...

Guardados, um a um.

 Que cada palavra brotada

Seja marcadora de página

Que o vento não se atreve levar.

Faço poesia, quando na ânsia,

Quero botar para fora,

A incomodação que jorra em mim.

Sem me iludir,

 Ela cai numa folha branca

Congela, enfeita, ali fica.

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