Trago na mente as mãos vazias
Como se traz dum mergulho nas águas,
Areia fina escorrendo pelos dedos
O sonho vazou pelo perplexo da alma
Embora tenha sido necessário sonhar
No obscuro do que me foi dado.
Equivocou-se o coração mais uma vez.
O que meias palavras não fazem ?
Que promessas em vão provocam?
Fazem rombos, ferem a dignidade humana.
Meu silêncio gritou mais alto, profundo
Calando a voz, choro engolido
Retorno a estaca zero...
Ponto de chegada
Sem data prevista de partida,
Meu rumo, destinatário,
Só o tempo escreverá.
Dora Duarte
2 comentários:
Dora, às vezes é preciso tornar-se inteiramente vazio para acumular coisas mais belas e valiosas que as que já estavam causando um certo ranso em nós.
Tornar-se vazio para encher-se novamente de novas coisas que possam valer mais a pena.
Abraços
Dora,que poesia mais comovente,amiga!Muitas vezes parece que retrocedemos,mas foi só uma pausa pra tomar fôlego e prosseguir!Linda sua poesia!Bjs,
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